A dor é intensa, costuma vir acompanhada de amortecimento, inchaço e vermelhidão da picada.
Se estes sintomas contarem também com vômitos, suor, tremores, agitação e taquicardia, melhor correr para o hospital (se possível com o exemplar do animal agressor): a picada é do temido escorpião e pode matar.
Os ataques com escorpiões costumam acontecer no verão, em períodos chuvosos. Em Guaíra, segundo o servidor Maicon Douglas de Lima, da Vigilância em Saúde, vários casos já foram notificados. "A orientação é que as pessoas capturem o animal e nos leve. Nós encaminhamos a espécie para a 20ª Regional de Saúde, que faz a identificação da espécie. Em Guaíra, os tipos mais comuns até agora são o Tityus confluens e o Tityus stigmurus, ambos de coloração amarelada, mas com toxidade moderada", explica. O escorpião amarelo mais perigoso é o Tityus serrulatus. Além dele, também causa preocupação o Tityus bahiensis (escorpião marrom).
Maicon acrescenta que pessoas devem procurar a UPA, onde podem receber o soro antiescorpiônico. As regiões com mais aparições do aracnídeo são o Bairro São José, Vila São Francisco, e região central nas proximidades do Kartódromo e da Vila Velha.
Detalhe: Esses animais, da mesma família das aranhas, gostam de locais secos e podem se esconder dentro de casa.
O Ministério da Saúde não recomenda o uso de inseticidas— eles não matam o animal e podem torná-lo mais perigoso. Para evitar a presença dos escorpiões, ainda segundo o documento que trata do tema, é preciso evitar as condições que permitam que o animal seja atraído.
Isto é, exterminar o seu alimento predileto (baratas), isolar vias de entrada (ralos de banheiro, janelas, frestas) e evitar o acúmulo de entulhos, promovendo assim o manejo natural.
Quem encontrar escorpiões, além de cobras e aranhas, pode entrar em contato com a Vigilância em Saúde pelo telefone 44 3642 8699.
Texto Cristian Aguazo